O passeio de faluca no Rio Nilo é uma das grandes atrações do turismo no Egito. Faluca é um barco típico de pescadores, rudimentar, guiado por ventos.
Já escrevi um artigo sobre isso, com vídeo. Hoje mostro algo curioso que descobri em um desses passeios: os “garotos do Nilo“.
Os garotos aproximam-se das falucas com dificuldade, usando barquinhos, tábuas, pneus. Inteligentes, conhecem canções populares de vários países. Pelo sotaque dos turistas no barco, eles identificam o país de origem de cada um e cantam uma canção típica. Todos ficam emocionados, e os garotos geralmente atingem o objetivo: ganhar uma gorjeta, ou o famoso baksheesh.
Chega a ser emocionante, mas dá pena quando pensamos no que os leva a fazer isso. Por causa do esforço para ganhar uns trocados, há quem os chame de “mendigos do Nilo”. Não gosto desse nome. Por que depreciá-los, se tanto se esforçam para conquistar turistas? Prefiro a minha expressão “garotos do Nilo”. Ou, como leio frequentemente em inglês, “garotos cantores do Nilo”. Mais respeitoso e digno.
Pausa na leitura
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Se você os encontrar durante o seu passeio de faluca, não deixe de dar algum dinheiro. Eles são humildes. Não gostam de simplesmente pedir. Oferecem um “serviço” em troca, mexendo com a parte sentimental das pessoas. Um pequeno valor dado a eles não lhe fará falta.
Combinado?
GLAUCO DAMAS
Moro na Alemanha (depois de muitos anos em Brasil e Portugal). Atuo como autor desde 2001. Publiquei livros infanto-juvenis, inclusive pela Editora Saraiva. Em 2013, surgiram o primeiro livro técnico e o primeiro guia de viagem.
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